sábado, 15 de outubro de 2011

Entrevista: Nelson Magrini

Boa tarde gente (Já passou da hora do almoço pra mim, então ta de tarde), eu prometi duas postagens ontem, mas acabei varando a noite jogando RPG denovo. (Vida difícil essa não?) Então teremos o post da entrevista prometida para hoje, olha só!
Chega de enrrolação e vamos conhecer mais sobre esse escritor nacional.


[...]


FICHA TÉCNICA:

Nome completo do autor: Nelson Walter Magrini Jr.
Ocupação: Engenheiro Mecânico, consultor em Gestão Empresarial.
Obras: ANJO A Face do Mal, Relâmpagos de Sangue, Os Guardiões do Tempo, Amor Vampiro e Anjos Rebeldes.

PERGUNTAS:

Quando foi que você se interessou por ler e escrever?

Primeiramente, é um prazer estar aqui, no Terra das Fábulas. Mas vamos às questões. Por ler, acho que me interessei desde que nasci! Exageros à parte, eu já adorava HQ’s antes de saber ler, quando via as figuras e pedia para alguém ler para mim. Não me recordo quando li o primeiro livro, mas foi bem cedo.


Em relação a escrever, foi no início do ano 2000, quando eu procurava uma atividade para ocupar melhor meu tempo vago, mas com a condição de ser algo que eu gostasse de fazer, não tivesse nada a ver com meu trabalho profissional e, principalmente, eu já soubesse fazer, ou seja, não queria ter de aprender algo para depois praticar. Escrever veio de estalo. Simplesmente, eu sabia que sabia escrever. No dia seguinte, rabisquei alguns pedaços de texto, o maior com meia página, criei uns personagens, aliás, os personagens centrais de Os Guardiões do Tempo, e comecei a escrever meu primeiro romance. Nunca cogitei em escrever contos ou começar por eles.

Tem algum estilo literário favorito? (Porque?)

Gosto de mistério, suspense e terror. É uma leitura que prende a atenção e envolve, que faz a imaginação voar, ao mesmo tempo em que, nos faz olhar para o lado e os cantos. Um bom livro de terror é aquele que dá medo.

Tem algum escritor favorito? (Porque?)

Tenho vários. Iniciei-me na leitura através da Ficção-Científica, pois desde criança adoro o Universo e tudo relacionado a ele. Nesse estilo, sempre cito Isaac Asimov e Arthur Clarke, mas a lista é grande. No Terror, Stephen King, obviamente, e Dean Koontz. O porquê desses é porque são mestres naquilo que escrevem. Contudo, apesar de ter uma lista de autores clássicos que aprecio, não me fecho a eles. Na realidade, qualquer novo autor pode ser incluído na lista, desde que seu trabalho consiga me cativar. Para isso, ele terá de ter necessariamente qualidade, que é fundamental, e aquela pegada difícil de definir, mas facilmente reconhecível, quando as letras e frases te prendem e não se quer abandonar a trama até chegar ao final.

Como foi que veio a “inspiração” para escrever o seu livro?

Minhas inspirações aparecem das mais variadas formas, a mais comum “por estalo”. De repente, a idéia está lá, bem na frente dos meus olhos, vinda sei lá da onde do fundo de minha mente. Um lado curioso de minha criatividade / inspiração é que meus livros, ou mesmo as linhas gerais da trama, não vêm à mente de modo completo. O mais comum é ter de iniciar o livro com o que tenho e ver o que acontece, conforme o desenrolar. Um exemplo interessante, que já contei algumas vezes, foi como criei Relâmpagos de Sangue, considerado meu livro mais assustador.

Eu conversava com minha sobrinha e me lembro que estava chovendo forte. Ela me contava de um sonho que tivera e onde havia sangue. Foi nessa hora que o título, Relâmpagos de Sangue me veio à mente. 

Aproveitei a idéia e escrevi um prólogo para uma possível história com esse nome. Alguns minutos depois, escrevi outro, com um personagem diferente, e tudo foi arquivado, pois na época, estava trabalhando em ANJO A Face do Mal. Meses depois, resolvi desenvolver o livro, como meu próximo trabalho. Reli os prólogos para escolher um e acabei decidindo ficar com os dois, e ter dois personagens centrais ao invés de um, na nova trama. E foi assim que comecei a escrever. Tinha em mãos um prólogo bombástico, um título de efeito e um mistério por detrás da trama, que era tão misterioso que nem mesmo eu sabia qual era! Só depois de iniciado o livro, com o desenvolvimento das situações, ele me foi ficando claro. Quando percebi qual seria esse mistério, a trama ficou perfeita. É uma sensação curiosa, complicada para explicitá-la, mas que qualquer autor sabe o que significa.

Possui alguma técnica para se “inspirar”?

Literalmente nenhuma. As inspirações vêm a qualquer momento, em qualquer lugar, normalmente através de uma cena em minha mente. Minha criatividade trabalha muito forte com a componente visual. Muitas vezes eu primeiro vejo a cena e só depois me dou conta de seus elementos.

Oque você acha do cenário brasileiro de literatura?

Se formos falar de um modo geral, penso que embora bastante criativo, é muito tímido em resultados, ou seja, quantos autores reconhecidos mundialmente temos? E desses, quantos realmente escrevem livros de qualidade? Nosso potencial é para muito mais do que temos, seja via autores que já estão no mercado, seja por autores em potencial, que ainda procuram chegar.

Curiosamente, é na Literatura Fantástica que muitos novos escritores têm surgido e esta parece ser uma linha que ainda tem muito a oferecer, o que é ótimo. Contudo, infelizmente, contra o autor jovem, se impõem inúmeras adversidades. Deixando de lado a questão das editoras e do praticamente inexistente investimento em novos nomes nacionais, o jovem tem de enfrentar sua própria dificuldade com o idioma Português, sofrível na esmagadora maioria, consequência de um ensino ralo e ineficiente, um verdadeiro crime que se comete neste país.

E do cenário estrangeiro?

Certamente, eles aprenderam a lição que estamos bem longe de aprender. Por um lado, desenvolvem o leitor, dão ao jovem um ensino e formação decente. E pelo outro, investem em talentos iniciantes, e aqui o termo investir significa bancar, colocam dinheiro, pois sabem avaliar aquele talento e fazer dele um vencedor.

E isso é bem diferente do “você acredita na sua obra, no seu talento? Então pague para publicar; se vire para vender e, se você conseguir, talvez eu publique seu segundo livro ou uma segunda edição”!
Sou especialista em Gestão Empresarial e nunca vi um empresário (afinal, editores são empresários) que não quer investir para ganhar. Parece que no ramo de livros, os gênios querem que, sem colocarem recursos, o produto venda por si até se tornar uma bestseller! Simplesmente é a antítese de qualquer economia, de qualquer mercado.

Oque acha das adaptações de livros feitas para o cinema?

São de qualidade bastante variada, algumas muito boas, outras péssimas. No geral, o livro dá de um bilhão a zero nas adaptações cinematográficas, com exceção de duas, em minha opinião: O Poderoso Chefão I e II e Tropa de Elite, ambos, infinitamente melhores que os livros.

Para concluir a rápida entrevista, tem algum recado pra deixar pro pessoal que lê o blog?

Que nunca parem de ler, afinal, ler é poder viver um mundo de imaginação e de conhecimento. E se entre os seguidores, houver quem pense em tentar a carreira de escritor, que vá em frente. Tenha claro quem é seu público-alvo, foque na qualidade da trama e escrita. E não tenha medo de consultar a Gramática ou o Dicionário. Eu mesmo já perdi a conta de como eles me são úteis.

Bom, é isso. Mais uma vez, obrigado, Carolina, por abrir este espaço. E para aqueles que quiserem conhecer um pouco de meu trabalho, basta visitar meu blog, NELSON MAGRINI – OFICIAL®:

Um trecho de Em Nome da Fé, meu conto em Anjos Rebeldes


Um trecho de Relâmpagos de Sangue

Um trecho do Capítulo 1 de Os Guardiões do Tempo

Uma entrevista com os personagens centrais de Os Guardiões do Tempo.

E aqui, republicação de minha minissérie, em dez partes semanais, de suspense e mistério, O Portador da Luz, além de meu conto À Luz do Dia, uma história de terror que se passa no claro do dia.

Para me contactar, escreva para nelson_magrini@yahoo.com.br

[...]

E é isso ai galera, sabem que eu estou adorando essas entrevistas? Eu acabo aprendendo muita coisa com esses caras. Além de perseber como os escritores são bem diferentes uns dos outros.

Ah, e é claro, como ler certas coisas nos insentivam a escrever e a tentar a nossa sorte no mundo da literatura também.

Uma coisa é certa, por algum motivo, aqui no Brasil tudo conspira para que seu livro não seja publicado, que o diga alguns conhecidos meus e sua luta por ter alguma coisa nas prateleiras das livrarias.

E por enquanto é só gente, veremos se um dos outros colaboradores do blog postam alguma coisa legal nesse final de semana.

Até mais.

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